Durante a inauguração da ampliação do OASA o céu que até ali se vestia de negras nuvens resolveu participar na festa e revelar os seus mistérios e belezas propiciando às dezenas de pessoas presentes uma sessão de observações astronómicas e que permitiu ao Secretário Regional Fagundes Duarte e que havia presidido á sessão no OASA, inteirar-se de alguns aspetos lunares e das luas galileanas em volta de Júpiter.
Regressado a casa resolvi espreitar pela primeira vez o cometa C/2012 S1 ISON que fazia a sua trajetória perto de Castor na constelação dos Gémeos com uma magnitude visual de 16, extremamente fraca para ser detetado por um pequeno telescópio. Em todo o caso fizemos 13 imagens de 40 segundos cada que depois de tratadas pelo Iris com um pré-processamento com aplicação de flats, darks e offsets revelava o cometa na posição que o simulador Skymap previa. De acordo com as mais recentes efemérides o cometa Ison atingirá magnitudes visuais negativas tornando-o visível a olho-nu nos meses de novembro e dezembro do corrente ano.
Aqui fica a imagem resultante das multiplas exposições realizadas com um Celestron 203mm e uma Canon 350D modificada em foco direto. O cometa apresenta-se muito ténue e só com o auxilio de um mapa estelar produzido por um simulador é possivel localizá-lo.
Na manhã de 19 de janeiro espreitámos a Região Ativa 1654 que até agora com uma configuração Fkc prometia desenlaces explosivos com fulgurações e ejeções de massa coronal, coisa que não se verificou o que consubstancia a opinião generalizada de que algo vai mal no reino do 24º ciclo solar. Neste momento este grande grupo de manchas solares apresenta-se como Fki e irá rodar no limbo NW do disco solar.