Depois da apresentação feita à estrela de Tabby aqui neste blog, persistiu na minha ideia calcular a sua magnitude confirmando a sua variabilidade luminosa.
Para tal usámos duas imagens feitas com o Takahashi 106FS a f/8 com a Canon 350D modificada e dotada de um filtro CLS-astronomik. As duas imagens foram integradas sem sofrerem qualquer pré-tratamento e analisadas em formato pic pelo software Iris.
Utilziámos como estrelas de referencia aquelas situadas em torno da estrela de Tabby dado terem magnitudes aproximadas.
Feitos os devidos procedimentos e usando a fórmula m= -2,5 x log I, sendo I a intensidade luminosa em ADUs (Analog Digital Units) obtivemos por interpolação uma magnitude para a estrela de Tabby de 10,86 magnitude relativa, ou seja 1,16 magnitudes abaixo do considerado normal nesta estrela.
Deixamos aqui a imagem com as respetivas anotações incorporadas.
Um olhar telescópico da Região Autónoma dos Açores, ilha de São Miguel, sobre os fenómenos astronómicos que acontecem no Universo mais próximo.
domingo, maio 28, 2017
sexta-feira, maio 26, 2017
Cometa C/2015 V2 Johnson
Na noite de
24 de maio 2017 e por um período relativamente curto obtivemos um céu mais estável do que é costume nesta época e que nos facultou a
possibilidade de voltar a ver este cometa que transitava com magnitude 7.0 na
constelação do Boieiro quase a zénite do nosso lugar de observação (Fajã de Baixo). No dia 5 de junho
fará a maior aproximação ao nosso planeta a uma distancia de 121,327,537 km.
Apresentava-se com um brilho mais intenso
com uma cabeleira maior e de aspeto difuso e com uma cauda de poeiras bastante
pronunciada e curta.
Aqui fica a imagem resultado da integração de 25x40s obtidas com um Taka
102FS f/8 e uma Canon 350D modificada e dotada com filtro CLS-Astronomik.
TYC 3162-0665-1 ou estrela de Tabby
A estrela de Tabby assim designada em homenagem à astrónoma Tabetha Boyajian que iniciou o estudo
da sua variabilidade luminosa, é
conhecida oficialmente por KIC 8462852 e tem despertado muita curiosidade por
parte dos astrónomos profissionais e
amadores, dado estar envolta por um adensado mistério que ainda não foi
descortinado e explicado devido às
grandes variações do seu brilho, sendo
uma das hipóteses a existencia de
uma mega estrutura alíenigena construída em torno da estrela ou seja uma Esfera de Dyson.
Esta estrela situa-se aproximadamente a 1480 anos-luz
de nós na constelação do Cisne com uma magnitude de 11.7, que a torna
invisível a olho nu, apesar
de ser um pouco maior e mais massiva que o Sol.
A partir de outubro de 2015 o telescópio espacial Kepler direcionou as suas observações para esta estrela na vã tentativa de detetar exoplanetas que circulassem á sua volta. Dado que a diminuição de brilho atingia os 20% e não era periódica
foi descartada esta hipótese. Ainda outra hipóteses sugeria que a estrela de Tabby, sendo
eventualmente muito jovem, possuia ainda material em torno dela que a
obscurecia.
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Outra hipótese lançada
era que a diminução de brilho fosse
causada por “destroços” de
um protoplaneta que terá sofrido uma colisão. Contudo uma hipótese que ganhou relevo defende que esta variação de luminosidade é provocado por um grande número de cometas e de asteróides.
Entretanto também o Intituto SETI já tentou detectar algum sinal de rádio de proviniência
desta suposta estrutura extraterrestre conhecida como Esfera de Dyson, mas nada
conseguiu.
Conclusão: não sabemos o que se passa com a estrela de Tabby e
apenas por curiosidade fizemos algumas imagens. Contudo o mistério adensa-se e o aparecimento de fóruns na net e de artigos sobre o caso surgem em
catadupa. Aqui fica a nossa imagem única de 45 segundos da estrela de Tabby e que mais não revela senão mais uma estrela na imensidão do espaço.
SN2017eaw tipo IIP (estrela gigante supermassiva)
Na noite de 24 de maio de 2017 o astrónomo amador Patrick
Wiggins descobriu na NGC6946 uma Supernova de magnitude 12,8, a segunda mais
brilhante de 10 Supernovas já detetadas nesta galáxia que faz juz ao seu
nome popular de Galáxia do “Fogo de Artificio” e que se situa entre
as constelações do Cisne e do Cefeu.
Desde essa data até hoje esta supernova
tem mantido a sua luminosidade constante o que a faz detetável por telescópios com diâmetro mínimo de 8 polegadas. Como mostra o mapa a
supernova posiciona-se a 61″ oeste e a 143″ norte do núcleo galáctico nas coordenadas
AR. 20h 34m 44.24s, Dec. +60° 11′ 35.9″.
As imagens obtidas por nós com um Taka 102FS f/8
e uma Canon 350D a 1600iso é o resultado da integração de 30x40s e refletem a má qualidade do céu com muitas nuvens a NE e com o objeto em apreço muito baixo no horizonte não permitindo fazer um exercício correto de cálculo da sua magnitude aparente.
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