Um olhar telescópico da Região Autónoma dos Açores, ilha de São Miguel, sobre os fenómenos astronómicos que acontecem no Universo mais próximo.
terça-feira, setembro 15, 2020
terça-feira, setembro 08, 2020
Nebulosa do Coração: Mosaico constituído por 3 painéis.
Nebulosa do Coração: Mosaico com 3 painéis em Hubble Palete (SHO)
Nebulosa do Coração em mosaico de 3 painéis com filtro Optolong L-eNhance.
Takahashi 102FS f/6, ASI294MC Pro com autoguiagem em OAG com ASI224MC. Processo Astrometry.NET solver.
iOptron CEM60.
Aquisição robótica via WiFi com Raspberry Pi 3 B+ e
Stellar Mate
.Plataforma Kstars-Ekos-INDI em emulação Windows 10.
Focagem automática USBFocus v3.
Acessórios para energia e dados: AstroLink 4 mini e HUb usb.
Astro Pixel Processor 1.083 beta 1 com pré-processamento 40 Flats, 20 Darks e 20 Bias.
Fajã de Baixo, ilha de S. Miguel, Açores.
quinta-feira, setembro 03, 2020
Nebulosa do Coração em mosaico de duas sessões.
Nebulosa do Coração vista em mosaico realizado com duas sessões de astrofotografia realizadas em Julho e Agosto deste ano e perfazendo pouco mais de duas horas de exposições.
No centro da nebulosa um aglomerado estelar brilhante, a IC 1805 e no quadrante inferior direito outro aglomerado estelar aberto, denominado NGC 1027.
A Nebulosa do Coração ou Sharpless 190, é trespassada por inúmeras nebulosas escuras como a LDN 1367 logo acima da IC 1805 e, seguida pelas LDN 1368, 1369 e a CG75 DIN. Do lado esquerdo da IC outras duas nebulosas escuras, a saber a LDN 1361 e a LDN 1364. Ainda a destacar a mais escura de todas a LDN 1371 situada na zona superior e a meio da imagem.
Todas estas nebulosas escuras mais não são do que poeira interestelar que bloqueia a luz das estrelas situadas atrás.
Mosaico com Astro Pixel Processor 1.083 beta 1.
Fajã de Baixo, ilha de São Miguel.
quarta-feira, setembro 02, 2020
Nebulosa do Coração ou Sharpless 190
Nebulosa de emissão do Coração ou Sharpless 190 ou ainda IC 1805, situada na constelação da Cassiopeia a 7500 anos luz do nosso sistema solar, reside no seu centro um pequeno aglomerado aberto de estrelas com mais de 50 massas solares, conhecido por Melotte 15, que ionizam o Oxigénio molecular (OIII, em azul) e o hidrogénio que emite nas suas linhas espectrais H-alfa e H-beta (as áreas envolventes de brilho alaranjado). A potente radiação ultravioleta destas estrelas jovens,com menos de 1 bilião de anos, moldam a poeira interestelar sob a forma de colunas e pilares, criando as condições para a produção de protoestrelas e futuros sistemas planetários.
Imagem resultante da integração de duas horas, em duas sessões distintas em Agosto de 2020.
Dados técnicos:
Camara de aquisição ZWO ASI294MC Pro (60x120s), Temperatura 0 C, 220 Gain, binning 1x1, com pré-processamento 40 Flats, 20 Darks e 20 Bias.
Auto guiagem em off-axis com ZWO ASI224MC e Montagem Equatorial Alemã iOptron CEM60.
Controlo remoto de equipamento com Stellarmate em RPi3 + model B e plataforma Kstars-Ekos-servidor INDI em emulação Windows 10.
Acessórios: USB_Focus 3, filtro dul band pass Optolong L-eNhance, Astrolink4 mini, Roteador.
Software processamento Astro Pixel Processor 1.083 beta 1.
Local: Fajã de Baixo, ilha de São Miguel.
Indice de poluição luminosa: Bortle 7.
Aglomerados estelares peculiares - do Mocho e Rosa da Carolina
Aglomerado estelar aberto do Mocho ou do ET, ou ainda NGC 457, situado na constelação da Cassiopeia. O olho direito do mocho é a Phi Cassiopeiae, uma dupla variável a 2300 anos luz, enquanto a estrela laranja-avermelhada no quadrante superior esquerdo é a variável V465 Cas. No quadrante inferior esquerdo ainda é possível ver outro pequeno aglomerado estelar aberto denominado NGC 436.
Fajã de Baixo, ilha de São Miguel, 27 de Agosto de 2020.
Enxame Estelar Aberto na constelação da Cassiopeia a 8000 anos luz, conhecido também como ROSA da CAROLINA, por ter sido descoberto por Caroline Lucretia Herschel em 1783 e, o seu irmão William Herschel a ter incluído no seu catálogo e, não pela minha filha se chamar Carolina. Sobre o fundo estelar da Via Láctea faz lembrar uma rosa quando vista por telescópios de pequena abertura.
As estrelas avermelhadas deste cluster são Gigantes Vermelhas e distribuem-se num raio de 50 anos luz.
Fajã de Baixo, São Miguel, 1 de Setembro de 2020
Messier 33 ou Galáxia do Triângulo
Galáxia espiral do Cata-Vento, do Triângulo ou Messier 33, é a terceira maior galáxia pertencente ao nosso Grupo Local situada na pequena constelação do Triângulo a cerca de 3 milhões de anos luz da nossa própria galáxia (é nossa vizinha) e com um diâmetro aproximado de 50.000 anos luz.
A imagem mostra os aglomerados estelares constituídos por estrela jovens azuis, bem como as àreas de formação estelar HII em coloração avermelhada. Envolvendo a galáxia é visível um extenso halo de matéria que se estende no espaço.
A imagem é o resultado apenas da integração de 30x120 segundos sob condições de alguma nebulosidade e instabilidade atmosférica.
Fajã de Baixo, ilha de São Miguel, madrugada de 28 de Agosto de 2020.
Nebulosas Sharpless fracas
Sharpless 174 ou PK 120+18 é um objecto enigmático do céu profundo situado na constelação de Cefeu. A sua classificação simultânea no catálogo Sharpless (Sh2) e no catálogo da nebulosas planetárias (PK) torna evidente este enigma, gerando ainda hoje discussões sobre a sua natureza e origem.
Considera-se no entanto como uma nebulosa planetária diferente, das mais fracas em brilho e das situadas mais a norte. As nebulosas planetárias são restos de estrelas que chegando ao fim de vida libertam para o espaço as suas camadas externas de forma simétrica deixando no centro da nebulosa os restos da estrela que passa a ser uma Anã Branca. A Sh2-174 é diferente ao apresentar uma assimetria derivada do impacto do gás das camadas exteriores da estrela original com o meio interestelar. Neste caso a Anã Branca é a estrela mais brilhante e azul na zona azulada que representa oxigénio molecular ionizado (OIII). Contudo apresentam idades diferentes...
Fajã de Baixo, S. Miguel, 23 de Agosto de 2020.
Sharpless 97 é uma nebulosa de emissão das mais ténues e difícil de astrofotografar, situada na constelação do Cisne a 12.700 anos luz e fazendo parte de um campo visual muito rico em estrelas como mostra a imagem.
Notar a coloração das estrelas evidenciando a sua idade e temperatura: as azuis e brancas mais novas e quentes as vermelhas mais antigas e frias.
Fajã de Baixo, São Miguel, 23 de Agosto de 2020.
Sharpless 90, nebulosa de emissão na constelação da Raposa, a 7000 anos luz, com contornos irregulares nas suas áreas de emissão espectral HII em torno de vastas áreas de poeiras., sobretudo no quadrante inferior onde é possível ver também a pequena Sharpless 89.
Fajã de Baixo, ilha de São Miguel, 27 de Agosto de 2020.
Pequena Nebulosa do Casulo, Pequena Nebulosa da Trifída ou ainda de acordo com o catálogo, Sharpless 2-82, situada na constelação da Seta a cerca de 1100 anos luz, é uma pequena nebulosa de emissão avermelhada rodeada por outra de reflexão espectralmente azulada que esconde filamentos de poeira.
Fajã de Baixo, ilha de São Miguel, 23 de Agosto de 2020.
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