quarta-feira, março 28, 2012

Uma atualização para a supernova 2012aw e outra para o Garradd


Uma imagem atualizada da supernova 2012aw na Messier 95, obtida ao serão do dia 27 de março, é o resultado da integração de 24 imagens  de 45 segundos cada, com uma Canon 350D modificada e dotada de um filtro anti-poluição luminosa, em foco directo num Celestron de 203mm a f/10.  Uma vez que as imagens foram feitas em Ponta Delgada (Fajã de Baixo) usou-se um filtro para evitar a poluição luminosa citadina.
Um grupo de astrónomos acabou por descobrir, em imagens feitas pelo telescópio espacial Hubble, a estrela original que explodiu, descobrindo uma supergigante com 8 massas solares , o que faz desta supernova a mais fria e vermelha mantendo. Das duas uma: ou a estrela estava rodeada por um disco de matéria e poeira constituindo um disco de acreação que originaria futuros planetas de um outro sistema solar, ou a galáxia onde reside (a M95) possuía naquela zona vastas quantidades de poeira agregada em torno da estrela.
Desde a data da sua descoberta em 16 de março por  Paolo Fagotti e Alessandro Dimai do Projecto Italiano Supernovae Search, e independentemente por Jure Skvarc (Observatório Crni Vrh , Eslovénia), que esta supernova tem mantido o seu brilho constante (magnitude 13) tendo sido classificada como do Tipo IIP. Tipo II porque era uma supergigante que esgotou todo o seu combústivel de Hélio, colapsando e depois explodindo e lançando no espaço os elementos pesados tais como níquel e cobalto. P porque apresenta um "plateau" estável de brilho.
Esta supernova situa-se a 35 milhões de anos-luz.


O cometa Garradd continua a sua brilhante trajetória iniciada junto á constelação de Hércules e agora na Ursa Maior ultrapassando em brilho o tão baladado cometa Elenin, que deveria ter destruído o nosso planeta, segundo os catastrofistas e adeptos do fim-do-mundo, mas que pura e simplesmente, se desintegrou sob a ação do Vento Solar. O Garradd situado a duas vezes a distância da Terra ao Sol, não mostra agora a sua cauda iónica dado estar praticamente no mesmo ângulo de visão da cauda de poeiras, apresenta-se como um globo de luz branca intensa visível com um telescópio de 4 a 6 polegadas de abertura depois de em meados deste mês ter feito a sua aproximação máxima ao nosso planeta e ter sido possível observá-lo com binóculos.

Também fica aqui o registo da conjunção Lua - Vénus que mereceu destaque nas primeiras páginas.


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