M45 ou Pleiades
Um olhar telescópico da Região Autónoma dos Açores, ilha de São Miguel, sobre os fenómenos astronómicos que acontecem no Universo mais próximo.
sábado, fevereiro 27, 2016
Grupo M81-M82 e as Pleiades
A galáxia de Bode ou M81 e a galáxia do cigarro ou M82 formam um grupo de galáxias próximo do nosso Grupo Local e a M82 é conhecida por ser um centro gerador de estrelas tendo recentemente produzido a Supernova 2014j.
sexta-feira, fevereiro 26, 2016
Uma cascata no céu
Na continuação das nossas observações na noite de 25 fevereiro apontámos o nosso refrator de 66 mm para a zona da NGC1502 onde brilham entre 20 a 25 estrelas entre as quais a estrela dupla Struve 485AE que na realidade é afinal um sistema múltiplo de 9 estrelas. No seu conjunto este enxame globular de estrelas tem uma magnitude visual em torno dos 6,9 e reside a 3,26 anos-luz.
No entanto a sudeste deste enxame globular existe um conjunto de estrelas que se destacam pelo seu brilho formando uma cadeia de aproximadamente 2,5 graus de comprimento com estrelas de magnitude entre 10 e 11: consitui a denominada Cascata de Kemble.
Descoberta pelo astrónomo amador Lucien J. Kemble quando observava esta zona com uns simples binóculos de 7x35, em 1980 foi dado o nome do seu descobridor pelo colunista da revista Sky and Telescope.
Aqui fica a nossa imagem e um mapa que permitirá descobrir a sua localização de modo a ser observada binocularmente.
No entanto a sudeste deste enxame globular existe um conjunto de estrelas que se destacam pelo seu brilho formando uma cadeia de aproximadamente 2,5 graus de comprimento com estrelas de magnitude entre 10 e 11: consitui a denominada Cascata de Kemble.
Descoberta pelo astrónomo amador Lucien J. Kemble quando observava esta zona com uns simples binóculos de 7x35, em 1980 foi dado o nome do seu descobridor pelo colunista da revista Sky and Telescope.
Aqui fica a nossa imagem e um mapa que permitirá descobrir a sua localização de modo a ser observada binocularmente.
O cometa Catalina rodeado por objetos estelares de natureza diferente
Por cerca de hora e meia o céu esteve descoberto na noite de 25 de fevereiro, permitindo obter algumas séries de imagens do cometa C/2013 US10 Catalina que atravessava um campo estelar muito interessante onde eram visíveis uma nebulosa planetária - NGC1501, a 4890 anos-luz e de magnitude visual de cerca de 11,5 e com a aparência de uma globo azulado. À sua direita residia o enxame globular de estrela, designado por NGC1502.
Deixamos aqui a integração de 20 imagens de 45 segundos cada pré-processadas com master frames flat, dark e offset e obtidas com um refrator apocromático ED de 66mm a f/6 e uma Canon 350D desfiltrada e dotada de um filtro CLS anti poluição luminosa.
O cometa US10 Catalina apresenta ainda uma extensa cauda iónica com a de poeiras muito condensada em torno do falso núcleo.
quarta-feira, fevereiro 24, 2016
O transito de uma vida
No próximo mês de maio, precisamente no dia 9 haverá um novo transito do planeta Mercúrio em frente ao disco solar, precisamente 13 anos depois daquele avistado à tangente nos Açores em 7 de maio de 2003. Aqui ficam os tempos de ingresso e saída do planeta bem como um diagrama do evento visto dos Açores.
Um gif animado do transito de Mercúrio verificado em 7 de maio de 2003 e visto de Ponta Delgada, Açores, dá uma ideia do acontecimento registado com um refrator Vixen 105mm.
quinta-feira, fevereiro 04, 2016
IC1795 (Nebulosa do Coração ou Running Dog Nebula) e IC1805 (Fishhead Nebula)
Situadas na constelação da Cassiopeia a cerca de 6000 anos-luz é uma extensa região berçário de estrelas. A imagem foi obtida com um Apocromático 66mm a f/6 e uma Canon 350D modificada a 1600iso e é o resultado da integração 30x50s.
quarta-feira, fevereiro 03, 2016
Cometa US10 Catalina em 2 de fevereiro 2016
O cometa C/2013 US10 Catalina faz agora o seu transito por perto da estrela polar depois de ter passado pelo perigeu entre 16 e 18 de janeiro ultimo a 123 milhões de quilómetros. A velocidade com que vai e a sua órbita hiperbólica farão com que deixe o sistema solar para sempre, para além da Nuvem de Oort sendo esta a ultima vez que será visto. Este aspeto induz a que este cometa seja considerado como objeto interestelar que poderá trazer informações muito importantes sobre a origem do nosso sistema solar, tudo levando a crer que constituirá mais uma peça, para além dos planetas anões como Sedna, que parecem ter sido atraídos pelo nosso Sol depois de terem pertencido a outro sistema estelar próximo.
Depois de ter sido visível com binóculos e pequenas lunetas, a sua observação agora só é possível com telescópios de algum diâmetro. As duas imagens agora obtidas foram feitas com um pequeno refrator apocromático ED de 66mm a f/6 mas dotado com uma Canon 350D desfiltrada (apenas com um filtro antipoluição luminosa) e são o resultado da integração de 30 imagens de 40 segundos cada às quais foram aplicadas processamentos com flats, darks e offsets, retirando o ruído eletrónico e as imperfeições do sistema ótico.
O cometa apresenta uma densa cauda de poeiras associada a uma cauda iónica de muito maior extensão. O seu falso núcleo apresenta-se esverdeado devido à presença de carbono molecular.
Aqui ficam as imagens da noite de 2 de fevereiro de 2016 obtidas na Fajã de Baixo em condições de intensa poluição luminosa gerada pelo campo de ténis a oeste e pelo campo de jogos a norte da Fajã de Cima (para além daquela introduzida a sul pela cidade de Ponta Delgada, sem falar das luzes de sódio das ruas envolventes e dos quintais em redor!!).
Depois de ter sido visível com binóculos e pequenas lunetas, a sua observação agora só é possível com telescópios de algum diâmetro. As duas imagens agora obtidas foram feitas com um pequeno refrator apocromático ED de 66mm a f/6 mas dotado com uma Canon 350D desfiltrada (apenas com um filtro antipoluição luminosa) e são o resultado da integração de 30 imagens de 40 segundos cada às quais foram aplicadas processamentos com flats, darks e offsets, retirando o ruído eletrónico e as imperfeições do sistema ótico.
O cometa apresenta uma densa cauda de poeiras associada a uma cauda iónica de muito maior extensão. O seu falso núcleo apresenta-se esverdeado devido à presença de carbono molecular.
Aqui ficam as imagens da noite de 2 de fevereiro de 2016 obtidas na Fajã de Baixo em condições de intensa poluição luminosa gerada pelo campo de ténis a oeste e pelo campo de jogos a norte da Fajã de Cima (para além daquela introduzida a sul pela cidade de Ponta Delgada, sem falar das luzes de sódio das ruas envolventes e dos quintais em redor!!).
Dois aspetos do cometa vistos por um Refrator apocromático 66mm a f/6
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