quarta-feira, fevereiro 03, 2016

Cometa US10 Catalina em 2 de fevereiro 2016

O cometa C/2013 US10 Catalina faz agora o seu transito por perto da estrela polar depois de ter passado pelo perigeu entre 16 e 18 de janeiro ultimo a 123 milhões de quilómetros. A velocidade com que vai e a sua órbita hiperbólica farão com que deixe o sistema solar para sempre, para além da Nuvem de Oort sendo esta a ultima vez que será visto. Este aspeto induz a que este cometa seja considerado como objeto interestelar que poderá trazer informações muito importantes sobre a origem do nosso sistema solar, tudo levando a crer que constituirá mais uma peça, para além dos planetas anões como Sedna, que parecem ter sido atraídos pelo nosso Sol depois de terem pertencido a outro sistema estelar próximo.
Depois de ter sido visível com binóculos e pequenas lunetas, a sua observação agora só é possível com telescópios de algum diâmetro. As duas imagens agora obtidas foram feitas com um pequeno refrator apocromático ED de 66mm a f/6 mas dotado com uma Canon 350D desfiltrada (apenas com um filtro antipoluição luminosa) e são o resultado da integração de 30 imagens de 40 segundos cada às quais foram aplicadas processamentos com flats, darks e offsets, retirando o ruído eletrónico e as imperfeições do sistema ótico.
O cometa apresenta uma densa cauda de poeiras associada a uma cauda iónica de muito maior extensão. O seu falso núcleo apresenta-se esverdeado devido à presença de carbono molecular.
Aqui ficam as imagens da noite de 2 de fevereiro de 2016 obtidas na Fajã de Baixo em condições de intensa poluição luminosa gerada pelo campo de ténis a oeste e pelo campo de jogos a norte da Fajã de Cima (para além daquela introduzida a sul pela cidade de Ponta Delgada, sem falar das luzes de sódio das ruas envolventes e dos quintais em redor!!).




 Dois aspetos do cometa vistos por um Refrator apocromático 66mm a f/6

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