Na altura da sua descoberta pela Pan-STARRS, em 22 janeiro
de 2016, o asteroide 2016 B14 tinha uma magnitude entre 19 e 20 sendo de
visibilidade muito fraca (250.000 vezes mais fraca do que a estrela menos
visível a olho-nu).
Mais tarde foi considerado um objeto potencialmente perigoso
para o nosso planeta uma vez que poderia fazer no futuro aproximações tangenciais, devendo passar agora a 22 de Março apenas a 14 distâncias lunares da Terra.
Entretanto os astrónomos M. Knight, M. Kelley e Silvia
Protopapa detetaram o aparecimento de uma ténue cauda de poeiras neste
asteroide passando assim a ser considerado um cometa, o P/2016 BA14 Pan-STARRS.
Por coincidência, um outro cometa era suposto fazer a sua
aparição em 21 de março com o mesmo período orbital, o 252P/Linear, passando apenas
a 9 distância lunares da Terra. Chegou-se a pensar que esta coincidência
revelasse apenas e afinal a cisão em dois deste cometa.
Assim, estes dois cometas fazem uma aproximação ao nosso
planeta que não era verificada à 246 anos com o cometa Lexel passando a 5,9
distâncias lunares em julho de 1770.
O B14 Pan-STARRS não será visível a olho-nu e, mesmo agora a
sua deteção é extremamente difícil.
A imagem obtida por nós, dimensionada a 100% e representando
apenas uma pequena zona da imagem global, é o resultado da integração de 25x50
segundos com um apocromático de 66mm a f/6 e uma Canon 350D modificada. Foram
adquiridas na noite de 17 março com grande interferência da Lua em quarto
crescente e de muita poluição luminosa na periferia de Ponta Delgada. Nesta
imagem do cometa foi inserido um mapa estelar produzido com o SkyMap e
representando a mesma zona do céu.
O cometa B14 Pan-STARRS assinalado pela seta
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