Um olhar telescópico da Região Autónoma dos Açores, ilha de São Miguel, sobre os fenómenos astronómicos que acontecem no Universo mais próximo.
terça-feira, junho 02, 2020
NGC 7000 ou Nebulosa da América
Nebulosa da América do Norte, NGC 7000, extensa região de HII ionizado situada na constelação do Cisne a 1600 anos luz, ocupa uma área aparente equivalente a mais de 4 Luas.
A imagem mostra a denominada "Parede de Deneb" em forma de W e que correspondente à zona de maior produção de estrelas com 20 anos luz de extensão.
Imagem resultante da integração de 2040 segundos em 15 de Maio de 2020 em Fajã de Baixo, ilha de São Miguel.
Dados técnicos inseridos na imagem.
Sh2-108 e Sh2-163
Região Sh2-108 (Sharpless 108) ou Nebulosa de Gamma Cygni (DWB 63) ou da estrela Sadr, que aparenta estar nesta região próxima da nebulosa, mas que afinal se encontra muito além numa região sede da Cygnus X, potente emissora de ondas rádio e de formação estelar.
Esta é a região central da constelação do Cisne, povoada por extensas nuvens de gás ionizado HII, nuvens de poeira interestelar, restos de uma supernova e de um enxame de estrelas infravermelhas.
Esta é a região central da constelação do Cisne, povoada por extensas nuvens de gás ionizado HII, nuvens de poeira interestelar, restos de uma supernova e de um enxame de estrelas infravermelhas.
Imagem resultado de 3600 segundos de exposição em 25 de Maio de 2020 em Fajã de Baixo, ilha de São Miguel.
Dados técnicos inseridos na imagem.
Dados técnicos inseridos na imagem.
Nebulosa do Véu Leste e Oeste
Nebulosa do Véu do Oeste ou Vassoura da Bruxa (NGC 6960) situada na constelação do Cisne, numa região densamente povoada por estrelas , é o resultado da explosão de uma estrela massiva há 5000 anos, uma Supernova, cuja radiação e vento estelar ionizou o hidrogénio (côr alaranjada) e oxigénio (côr azul) revelados pela aplicação de um filtro de banda estreita (H-alfa, H-beta e OIII), Optolong L-eNhance.
Dados técnicos inseridos na imagem obtida na madrugada de 15 de Maio de 2020 em Fajã de Baixo, ilha de São Miguel.
Nebulosa do Véu do lado Leste da estrutura complexa em arco cavitário de gás ionizado e poeira interestelar, resto da explosão de uma supernova, antiga estrela supergigante 20 X do tamanho do Sol e situada na constelação do Cisne.
Imagem resultante da integração de 3600 segundos obtida na noite de 25 de Maio de 2020 em Fajã de Baixo, ilha de São Miguel.
NGC 6888 ou Nebulosa do Crescente
NGC 6888 ou Nebulosa do Crescente na constelação do Cisne a 5000 anos luz, onde o céu é preenchido por amplas nuvens de gás e poeira imterestelar e onde uma estrela Wolf-Rayet (WR 136), no centro da NGC 6888, criou a nebulosa numa explosão que marcou o seu fim de vida expulsando as suas camadas externas e atingindo agora um diametro de 25 anos luz.
Imagem resultado da integração de 3720 segundos na madrugada de 15 de Maio de 2020 em Fajã de Baixo, ilha de S. Miguel.
Dados técnicos inseridos na imagem.
O trio do Leão
M65, M66 e NGC 3628 ou a Tripleto do Leão, grupo de galáxias espirais a 35 milhões de anos luz na constelação do Leão.
Última série de imagens obtidas na madrugada de 25 de Maio de 2020 em Fajã de Baixo, ilha de São Miguel.
Supernova na Messier 61 e na NGC 6118
A noite das Supernovas
Noite de 14 de Maio 2020, Fajã de Baixo, ilha de São Miguel: duas supernovas nas galáxias NGC 6118 e Messier 61.
Estrelas que chegaram ao seu fim de vida e que explodiram iluminando toda a galáxia onde residiam. A SN2020jfo na M61 situada na Constelação da Virgem é a oitava SN conhecida a explodir nesta galáxia e a SN2020hvp na NGC6118 (blinking galaxy) situa-se na Constelação da Serpente a 82,9 milhões de anos luz.
As observações foram feitas com aberturas muito baixas (102mm) o que dificultou a aquisição de imagens da SN2020hvp dado apresentar uma magnitude muito fraca cerca de 14,6.
Estrelas que chegaram ao seu fim de vida e que explodiram iluminando toda a galáxia onde residiam. A SN2020jfo na M61 situada na Constelação da Virgem é a oitava SN conhecida a explodir nesta galáxia e a SN2020hvp na NGC6118 (blinking galaxy) situa-se na Constelação da Serpente a 82,9 milhões de anos luz.
As observações foram feitas com aberturas muito baixas (102mm) o que dificultou a aquisição de imagens da SN2020hvp dado apresentar uma magnitude muito fraca cerca de 14,6.
IC 5070 ou Nebulosa do Pelicano
Esta imagem da Nebulosa do Pelicano cobre uma extensão aproximada de 25 anos luz, centro de formação estelar onde a estrela azul define o olho do pelicano enquanto a zona brilhante e encurvada o seu pescoço (é preciso alguma imaginação! Será mais fácil a visualização se rodar a imagem 90 graus à direita)).
Esta nebulosa de emissão, situada na constelação do Cisne está à módica distância de 2000 anos luz do nosso sistema solar. O filtro utilizado (Optolong L-eNhance de 2") põe em evidência as regiões alaranjadas de hidrogénio ionizado (HII) bem como as àreas escuras de poeira interestelar, deixando as estrelas com a sua emissão característica.
Imagem resultado da integração de 3600 segundos em 25 de Maio de 2020 em Fajã de Baixo, ilha de São Miguel
Mosaico da Nebulosa do Pelicano mostrando duas visões diferentes da emissão HII. A imagem da esquerda é o resultado da integração de 5400 segundos de exposições feitas em duas sessões usando os filtros CLS e Optolong L-eNhance, respectivamente em 2019 e 2020, e processadas com o Astro Pixel Processor e o Star Tools, enquanto a imagem da direita corresponde apenas a uma sessão, a de 2020, com o filtro Optolong L-eNhance e processada pelo Astro Pixel Processor.
Reparar na coluna de hidrogénio frio onde existe o objecto Herbig-Haro 555 (HH 555) projectando dois jactos laterais em sentidos opostos alinhados com o sentido de rotação da estrela que estará em formação.
IC 1396 ou Nebulosa da Tromba do Elefante
Nebulosa da Tromba do Elefante, situada na constelação do Cefeu a 2450 anos luz, faz parte de uma complexa nebulosa de emissão designada por IC 1396, composta maioritáriamente por hidrogénio e poeira interestelar moldada pelo forte vento estelar e radiação ultravioleta emitida por estrelas recentemente formadas. Constitui uma zona de grande formação estelar.
Imagem resultante de 15x120 segundos em 15-05-2020 em Fajã de Baixo, ilha de São Miguel.
Nebulosa da Tromba do Elefante ou IC 1396 sob a Palete do Hubble em que são aplicados diversos algoritmos matemáticos que selecionam comprimentos de onda que os nossos olhos não distiguem revelando detalhes próprios de filtros de banda estreita, sendo exemplo o laranja do azoto ionizado (658nm), o violeta do oxigénio ionizado (373nm), o azul do hélio ionizado (469nm) ou o castanho do hidrogénio alfa (656nm).
A imagem resultou de um "stack" com o Astro Pixel Processor e posterior tratamento com o Star Tools Advanced Image Processing Software for Astrophotography.
Imagens obtidas em 15 de Maio de 2020 em Fajã de Baixo, ilha de São Miguel.
Cometa C/2017 T2 Panstarrs (24-05-2020 e 15-06-2020) e C/2020 F8 Swan (15-05-2020)
Cometa C/2017 T2 Panstarrs com a galáxia Messier 109 ao seu lado e a estrela da Ursa Maior denominada Phecda no início da noite de 15 de Junho de 2020 em Fajã de Baixo, ilha de São Miguel. Em condições climatéricas momentâneamente adversas na altura da aquisição das imagens do cometa devido à passagem constante de muitas nuvens oriundas de SE que fizeram perder muitas exposições e provocaram muito ruído electrónico apesar de terem sido aplicados 40 Flats, 20 Darks e 20 Offsets.
Notar as diferentes cores: o cometa esverdeado devido ao cianogénio e carbono molecular impactado pelo vento solar; a estrela Phecda azul - branco brilhante com uma cor index + 0,04 branco ao lado de estrelas mais velhas e longinquas avermelhadas.
Notar as diferentes cores: o cometa esverdeado devido ao cianogénio e carbono molecular impactado pelo vento solar; a estrela Phecda azul - branco brilhante com uma cor index + 0,04 branco ao lado de estrelas mais velhas e longinquas avermelhadas.
Cometa C/2020 F8 (SWAN)
4x30s, ZWO ASI294MC Pro
Takahashi 102FS f/6
MaximDL
Depois de uma noite magnífica sem nuvens, pelas 05:10 começaram aparecer mesmo sobre o quadrante nordeste, farrapos de nuvens que se foram adensando e acabando por cobrir toda a zona. O cometa apareceu e foi "apanhado" muito baixo no horizonte por entre copas de árvores já com o crepúsculo matinal a interferir na hipótese de podermos fazer algumas boas imagens (veja a situação ilustrada pelo simulador Skysafari).
Deu tempo para fazer duas imagens de 30 segundos cada...
Aqui fica este registo precário de um cometa que promete mais para o fim deste mês de Maio algumas boas hipóteses de observação, queiram colaborar as condições climatéricas.
Subscrever:
Mensagens (Atom)