quarta-feira, novembro 25, 2015

Catalina, o maior cometa de 2015, finalmente visível



O cometa C/2013 US10 Catalina com aproximadamente 20 km de diametro foi descoberto a 31 outubro de 2013 pelo Catalina Sky Survey e a sua viagem em direção ao Sol deveu-se a uma perturbação gravítica com outro corpo na Nuvem de Oort.
Enquanto já era visível no hemisfério sul, tendo atingido o seu perihélio a 15 de novembro deste ano, só agora foi possível vê-lo no hemisfério norte, mesmo assim muito baixo no horizonte sudest...e e pouco antes do nascer do Sol e na constelação da Virgem.
Simulador do SkyMap



À Janela com candeeiro de iluminação pública mesmo ao lado

As caudas de poeira e iónica

Coloração esverdeada do Cianogénio

 Neste momento é visível com binóculos ou um pequeno telescópio durante este mês e o próximo, a subir no céu quase 1 grau por dia, dará oportunidade a ser bem observado.

As duas imagens registadas com objetivos diferentes (uma é o somatório de 8 imagens enquanto a outra é a uma mediana de 19 imagens) mostram o falso núcleo do cometa com uma coloração esverdeada devido á emissão de C2 que se torna fluorescente face á radiação ultra-violeta do Sol e, a existência de duas caudas, a de poeiras apontando para sudeste e claramente visível e a iónica apontando para norte, O cometa mostra uma magnitude visual entre os 5 e 5,5 em parte devido à extinção atmosférica.

Estas imagens são as primeiras obtidas nos Açores e creio que em Portugal.

Utilizámos um telescópio Schmidt.Cassegrain de 203 mm a f/6,3 e uma Canon 350D modificada sem o filtro original e com um filtro CLS (anti-poluição luminosa).
As condições de obtenção destas imagens não foram as melhores, com uma colocação em estação um pouco arbitrária, com um candeeiro de iluminação pública mesmo ao lado e com o telescópio colocado numa janela sujeito a flutuação de ondas de calor como atesta uma das fotos. Por isso o ruído eletrónico é bem patente nas imagens que apesar de tudo foram sujeitas a pré-tratamento com master flats, darks e offsets.
Aqui ficam os registos acompanhados de um mapa da região do céu obtido por um simulador.

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