quinta-feira, abril 16, 2020

Sessão de 11 de Abril de 2020


Colisão de Galáxias
Duas galáxias - NGC4038 e NGC4039, na constelação do Corvo a 63 milhões de anos-luz, colidiram produzindo uma exacerbada produção de novas estrelas azuis brilhantes e um emaranhado de filamentos de poeira escura.
Ainda é visível outra galáxia espiral barrada e peculiar (Arp 22) no canto superior esquerdo - a NGC 4027. Ainda é possível ver de forma ténue a sua irmã NGC4027A de magnitude 15 e com quem está a interagir e a colidir também. Ambas situam-se entre 70 a 80 milhões de anos-luz.
Esta imagem é o resultado de uma pequena experiência (com 1200 segundos) na noite de 11 de Abril de 2020 em Fajã de Baixo, ilha de S. Miguel, sob condições muito adversas tanto de poluição luminosa como climatéricas com rajadas de vento de nordeste.


Uma "Pulsar Wind Nebulae" ou a Nebulosa da Medusa (IC443):
Na constelação dos Gémeos, a Nebulosa da Medusa (IC 443) situada a cerca de 5 mil anos-luz, é o que resta de uma supernova, uma estrela super maciça que explodiu há algumas dezenas de milhares de anos e que nos chega hoje como uma fonte de raios-X conhecida por CXOU J061705.3+222127, muito semelhante a um pulsar , ou seja uma estrela de neutrões em rápida rotação com um campo electromagnético poderoso e muito intenso.
Estas nebulosas são conhecidas por "Pulsar Wind Nebulae" e existe uma outra digna representante muito conhecida por Messier 1.


IC443, Nebulosa da Medusa 
Imagens fullframe (11-04-2020) e croped de duas sessões (11-04-2020 e 24-03-2019)
A Nebulosa da Medusa (ou o que resta da explosão de uma supernova) com a estrela variável Eta Geminorum com um diâmetro de 130 sóis.

Integração de imagens de duas sessões em 24 Março 2019 e 11 Abril 2020 na Fajã de Baixo, ilha de São Miguel.



IC405 ou Nebulosa da Estrela Flamejante
Imagens full frame (11-04-2020) e croped de duas sessões (11-04-20 e 09-04-2019)


IC 405 ou Nebulosa da Estrela Flamejante (a AE Auriga) na constelação do Cocheiro vista na noite de 11 de Abril 2020 da Fajã de Baixo, ilha de S. Miguel, sob condições adversas de poluição luminosa (Bortle 8) e vento de nordeste que provocava muita trepidação levando à exclusão de quase 1/3 das imagens obtidas (fazer astronomia nos Açores é um acto de muita paciência e perseverança!).



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