quarta-feira, agosto 26, 2020

Nebulosas da Hélice e do Haltere


 Nebulosa da Hélice ou NGC 7293, situada a 650 anos luz na constelação do Aquário, é uma nebulosa planetária, resultado da morte de uma estrela depois de ter convertido todo o hidrogénio em hélio e depois em carbono, oxigénio e azoto através de reações sucessivas de fusão, libertando para o espaço estes componentes que vão integrar e constituir milhões de anos depois a vida tal como a conhecemos e deixando para trás uma Anã Branca (situada mesmo no centro da nebulosa), cuja radiação ultra-violeta intensa activa e "ilumina" as camadas circundantes de gás.

Se existissem planetas em torno desta estrela, teriam sido despedaçados e engolidos pela expansão das camadas exteriores da estrela ao transformar-se em Anã Branca, processo futuro que sucederá com o nosso Sol.
A imagem resulta da integração de 20 x 120s com camara ZWO ASI294MC pro em péssimas condições de observação motivadas pela existência de intensa poluição luminosa na madrugada de 24 de Agosto de 2020 em Fajã de Baixo, ilha de São Miguel.



Nebulosa do Haltere ou Messier 27, situada na constelação da Raposa a 1200 anos luz, tem a idade de 10.000 anos e é uma nebulosa planetária com uma estrela Anã Branca no seu centro, resto do colapso da estrela inicial.
As imagens revelam as estruturas exteriores das camadas de gás de hidrogénio ionizado HII (avermelhadas) e de OIII (azul-esverdeadas).
Na segunda imagem e rodeada por um círculo situa-se a estrela HD 189733 onde foi descoberto um exoplaneta do tamanho de Jupíter, o HD 189733b a 63 anos luz.
Fajã de Baixo, ilha de São Miguel, 23 de Agosto de 2020.

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